quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Justiça termina de ouvir testemunhas de acusação em processo contra 13 policiais militares

s membros do Tribunal do Júri de Curitiba ouviram nesta quarta-feira (4) os depoimentos das 10 testemunhas de acusação apresentadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), em um processo contra 13 policiais militares. O grupo é acusado de matar cinco suspeitos de furtar um carro, em 2009 e de alterar a cena do crime.
O julgamento deveria ter começado durante a manhã, mas algumas testemunhas não compareceram, o que adiou o início da audiência. À tarde, as testemunhas apresentadas pelo MP-PR apresentaram as respectivas versões para o caso.
Parentes das vítimas e dos réus estiveram presentes. Policiais militares também foram ao local para prestar apoio aos acusados.
Na quinta-feira (5), a Justiça deverá começar a ouvir outras 46 testemunhas, todas arroladas pela defesa dos policiais. Depois disso, os réus devem ser ouvidos. Por último, o MP-PR e a defesa vão fazer a sustentação oral dos motivos pelos quais querem a condenação ou absolvição do grupo. Só depois disso é que o Júri vai se reunir para definir a sentença.
Entenda o caso
Em setembro de 2009, os policiais envolvidos afirmaram que viram um carro furtado e iniciaram uma perseguição. De acordo com eles, o veículo furou um bloqueio e acabou batendo no muro de uma trincheira, no bairro Alto da Glória, em Curitiba.
Os policiais contaram que, após o acidente, cinco jovens desceram do veículo e começaram a atirar. No confronto, os jovens teriam sido atingidos. Eles foram levados ao hospital pelos policiais, mas já chegaram mortos.
Cerca de 40 dias depois, um inquérito feito pela própria Polícia Militar apurou que a versão dos policiais era mentirosa. A investigação apontou que os jovens se renderam depois de baterem o carro e não atiraram. O grupo foi algemado e levado para as viaturas.
O aparelho rastreador instalado nos carros da PM apontou que, antes de irem ao hospital, os policiais pararam em um terreno baldio, no bairro Atuba, também em Curitiba. Nesse local, eles teriam matado os jovens. Dois deles eram menores de idade.

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