Segundo o padre Luciano da Paixão, as festividades começaram no último dia 6, com uma semana de orações e venda de bolos. “Não fizemos novena porque emendou com o dia de São Bonifácio, no dia 5, e como temos uma capela dedicada a ele, também fizemos comemorações”, explicou. O padre, cujo nome é bem adequado à Paróquia do Santo “Casamenteiro”, está no local há apenas quatro meses. Será sua primeira comemoração no local como celebrante. “Vim contribuir com Santo Antônio”, brinca.
Canonização rápida
Santo Antônio nasceu em Lisboa, em agosto de 1195 e foi batizado com o nome de Fernando de Bulhões. Morreu, aos 36 anos, em 13 de junho de 1231, a caminho de Pádua, na Itália. Após o processo de canonização, o mais rápido da história da Igreja, foi elevado aos altares em 13 de maio de 1232 pelo papa Gregório IX. Em 1946, foi oficialmente proclamado Doutor da Igreja pelo papa Pio XII, sendo-lhe atribuído o epíteto de Evangélico pelo vasto conhecimento das Sagradas Escrituras. (Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br)A procura pelas fatias do bolo tem sido grande, segundo Rosalina Bernardo Carraro, 65 anos, da Legião de Maria e voluntária na preparação dos bolos há três anos, desde que começaram a fazê-lo no local. Ela, que comanda uma equipe de cerca de 10 mulheres que se revezam na preparação do confeito, diz que já perdeu a conta de quantos fizeram desde o dia 6. “Só hoje [ontem] foram 17 formas de bolo”, explica. Em cada tabuleiro são distribuídas pelo menos seis miniaturas do santo, escondidas nas fatias. “Tem gente que compra uma quase todo dia, até achar a sua”, diz. Encontrar uma miniatura é considerado um sinal de sorte e pode significar, para os solteiros, casamento à vista. “A disputa é grande”, brinca Rosalina.
Segundo a secretária da paróquia, Sônia Maria do Nascimento Assis, 48 anos, não são só as solteiras que buscam ajuda do santo. “Ele é poderoso. E intercede em todos os pedidos feitos, seja pela saúde, seja por qualquer outro motivo”, diz. E conta o caso de um paroquiano que teve câncer de estômago há algum tempo atrás. “Ele chegou a ficar em cadeira de rodas, mas sua fé era tão grande que hoje já está de pé e vende saúde”, afirma.
Sônia, que também é devota de Santo Antônio, diz que ele é um dos santos mais “boa-praça” da igreja. “Eu mesmo fiz aquelas coisas de colocar a imagem dele de cabeça para baixo e de tirar o menino Jesus de seus braços”, conta. Segundo ela, a intenção não era casar, mas mesmo assim não pode negar uma ajudinha do santo em seu casamento. “Eu conheci meu marido no dia de Santo Antônio”, conta. E já são 24 anos de união feliz, segundo ela.
A vendedora Shirley – nome fictício –, 35 anos, é uma das devotas de Santo Antônio que já “maltrataram” sua imagem. Segundo ela, desde que era adolescente, sempre que queria arrumar um namorado, colocava a imagem no congelador. “Só saia dali quando aparecia o namorado. E às vezes demorava”, lembra. Segundo ela, no entanto, foi uma promessa da irmã ao santo que lhe conseguiu um casamento. “Mas acho que ela não pediu com muita fé. Só durou três anos”, brinca. Hoje, namorando firme, ela diz que não faria mais essas “maldades” com o santo. “Até ganhei uma miniatura recentemente, de um cliente. Ele disse que era para eu desencalhar”, conta, às gargalhadas.
Por via das dúvidas, quem quiser pedir uma ajuda ao santo, pode ir na Paróquia de Santo Antônio que fica na Rua Presidente Abraham Lincoln, s/n, no Cafezal
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