segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Transferência de presos de outras unidades provoca superlotação

O Setor de Carceragem Temporária (Secat) da 38ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Santo Antônio da Platina passa por momentos de tensão nas últimas semanas. Desde a tentativa de fuga, durante o carnaval, na cadeia de Jundiaí do Sul, o delegado Fátimo de Siqueira, que responde cumulativamente pela comarca de Ribeirão do Pinhal, teve de transferir 15 presos para a 38ª DRP, enquanto a prisão da cidade vizinha passa por reformas. Com isso, a carceragem de Santo Antônio da Platina que tem capacidade para abrigar 32 presos, está com 103 detentos, mais que o triplo do recomendado.
Funcionários admitem insatisfação dos presos e não descartam o risco de uma nova revolta. Na madrugada de segunda-feira, vários presos começaram um tumulto nas celas por conta das condições sub-humanas enfrentadas. Se levada ao pé-da-letra, cada preso tem que ter no mínimo seis metros quadrados de espaço (na unidade prisional), porém em muitas cadeias da região, este espaço é dividido por até seis presos.

celas_lotadasO delegado Fátimo de Siqueira contou que as obras na cadeia de Jundiaí do Sul estão prestes a terminar. Ele acredita que até o fim desta semana, os 15 presos possam retornar para Jundiaí do Sul e, assim, minimizar a superlotação na 38ª DRP. “A cadeia de Jundiaí do Sul é precária, não temos condições de isolar alguns detentos em setores, então tive que trazer todos para cá”, explica.

Além de Jundiaí, a 38ª DRP recebeu um preso de Abatiá, unidade onde segundo as autoridades, não há segurança necessária para abrigar presos. A comarca de Ribeirão do Pinhal é um dos casos mais complexos do Paraná em quesito prisional. As três unidades estão interditadas, porém, em Jundiaí do Sul, a cadeia se mantém ativa por falta de alternativa.

Recapturado

Uma denúncia anônima levou a Polícia Militar a recapturar mais um foragido do Setor de Carceragem Temporária (Secat) da 12ª Subdivisão Policial (SDP) de Jacarezinho. Na madrugada de domingo, policiais do Serviço de Inteligência (P2) e da Rotam foram até o local indicado, uma casa na Rua dos Expedicionários, em Cambará, e encontraram , Luis Fernando Cassiano de Andrade, o Beiço. Ele estava escondido na casa de parentes e não resistiu à prisão.

Após ser recapturado, ele foi questionado sobre as pistolas levadas no dia da rebelião em Jacarezinho. Beiço disse que os outros foragidos venderam as armas em Sorocaba, interior paulista, onde recentemente, Lucas Felipe Machado – outro foragido – morreu durante troca de tiros com militares paulistas. Andrade foi encaminhado de volta para o Secat de Jacarezinho.
 
 
FONTE - TANOSITE

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