sexta-feira, 31 de maio de 2013

Menina de onze anos engravida após abuso sexual em Santo Antônio da Platina

IMAGEM ILUSTRATIVAMorosidade na Justiça impede que menina seja cuidada pelo pai, que briga há dois anos pela guarda da filha
Uma menina de onze anos engravidou após ser abusada sexualmente em Santo Antônio da Platina. Um tio e um primo menor de idade são suspeitos do abuso sexual.
Moradora do bairro Álvaro de Abreu, a menina está grávida de cinco meses e mora com a mãe, que é usuária de drogas. O abuso sexual foi denunciado por vizinhos à justiça e também pelo próprio pai da garota, Aguinaldo Saturnino, que tenta há dois anos obter a guarda dela. O caso segue em segredo de Justiça, mas exames psicológicos comprovaram que a menina sofreu abuso sexual que originou a gravidez, documento que foi anexado ao processo de guarda pedido pelo pai. “Não consegui ficar com minha filha nem quando a própria mãe foi presa por tráfico de drogas. Tive a guarda negada pela justiça e vi minha filha conviver no mundo das drogas sem poder fazer nada e agora enfrento mais esta situação”, afirma.
O pai, que é metalúrgico em Ibituva-SP, conta que entrou com vários recursos na justiça e mesmo comprovando que a menina vivia em situação de risco, o processo continuou parado no fórum de Justiça de Santo Antônio da Platina. “Moro em São Paulo e o Conselho Tutelar de lá mandou vários documentos comprovando que eu tenho condições sociais e financeiras de criar minha filha, mas ninguém se mexeu para me ajudar a tirá-la da precariedade em que estava vivendo”, relata.
O pai está há um mês na cidade e conseguiu somente após descoberta do abuso sexual e da gravidez que a justiça reabrisse o processo de pedido de guarda da menina, que ainda continua com a mãe. “Eu preferia que minha filha tivesse passado a infância num abrigo ao invés de viver dessa maneira nestes quatro anos. Se não houvesse tanta demora da justiça, se tivessem deixado ela comigo, talvez toda esta tragédia tivesse sido evitada”, diz.
O pai aponta a morosidade judicial como fator que culminou na situação em que a filha está hoje. Ele conta que conseguiu a adoção de outra criança neste período e compara. “Não sei a explicação para tanta demora. Em São Paulo eu adotei um filho de um parente que também estava envolvido com tráfico de drogas e o processo não durou dois meses. A criança está vivendo bem comigo, sendo bem tratada, vida que minha filha também poderia estar levando se não fosse toda esta demora ”, desabafa.
Mesmo com todos os documentos comprovando a situação de risco em que a filha se encontra, Saturnino ainda não obteve uma resposta do judiciário sobre o pedido de guarda da menina. “Estou há um mês na cidade e completamente desnorteado, pois estou vendo a vida da minha filha se acabar sem eu poder fazer nada. Cada promotor, cada juiz me fala uma coisa e não sei mais o que fazer”, conta. Ele afirma que um promotor substituto garantiu que seu caso seria resolvido esta semana. “Mesmo depois de tanta tragédia, estou ansioso em finalmente poder cuidar da minha filha, e agora do meu neto”, diz. (Redação TANOSITE)




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