quarta-feira, 4 de março de 2015

Professores da UEL marcam assembleia para discutir continuidade da greve

ReproduçãoOs professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) se reúnem em assembleia na manhã de quinta-feira (5), a partir das 8h30, para discutir se continuam ou não em greve. Os docentes estão com os braços cruzados há quase um mês em protesto ao chamado "pacotaço" do Governo do Estado. O vice-presidente do Sindiprol/Aduel, Nilson Magagnin Filho, acredita que os professores vão aprovar a continuidade da paralisação. "Há muita desconfiança em relação às atitudes do governo", afirmou em entrevista ao Bonde nesta terça-feira (3).

Segundo ele, o sindicato teve uma reunião com a Secretaria Estadual de Administração na semana passada, quando o órgão teria garantido aos funcionários que o governo iria pedir o arquivamento do projeto de lei que prevê mudanças na previdência dos servidores estaduais. "Um dia depois da reunião, o governador Beto Richa deu entrevista dizendo que, na verdade, o projeto vai ser reenviado à Assembleia Legislativa", completou.

Conforme o sindicalista, os servidores não acreditam mais nas propostas apresentadas pelo Governo do Estado.

Ele citou, ainda, o fato de o Executivo ter montado uma comissão para analisar a autonomia das universidades estaduais sem, de acordo com Magagnin, a devida representação do funcionalismo. "A comissão conta com a participação dos sete reitores, de dois integrantes do governo e de apenas dois representantes dos sindicatos. A composição é muito desfavorável aos professores e funcionários", argumentou.

Ele também destacou que, na avaliação do sindicato, a autonomia das universidades não pode ser discutida em um momento de crise. "Você coloca uma 'faca no pescoço' das instituições e pede para que elas façam uma análise", observou.

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