quarta-feira, 29 de julho de 2015

Richa ganha bolo de professores do dia de seu aniversário

Servidores públicos, sindicalistas e estudantes de todo o Paraná realizam hoje uma série de atos descentralizados para "descomemorar" os três meses do chamado massacre do Centro Cívico. No dia 29 de abril, mais de 200 pessoas, a maioria professores, ficaram feridas por balas de borracha, gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e até mordidas de cães da raça pit bull durante protesto contra a reforma da Paranaprevidência, na Praça Nossa Senhora de Salete. A manifestação de hoje coincide também com o aniversário de 50 anos do governador Beto Richa (PSDB).

Segundo a APP-Sindicato, a mobilização na capital começa por volta de 9 horas, com um café da manhã em frente à casa do tucano. A ideia é distribuir pedaços de bolo para quem estiver passando pelo local. A assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu, contudo, informou que Beto viajou ontem para São Paulo. Ele tem uma reunião à tarde com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e, em seguida, voará para Brasília, onde no dia seguinte se encontrará com a presidente Dilma Rousseff (PT) e outros 26 chefes de Estado. A administração estadual disse não se preocupar com os atos, desde que eles sejam "pacíficos e ordeiros".

Programação

Também na capital, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) realiza uma passeata no calçadão da Rua XV, no centro, a partir das 14 horas. A instituição prevê a instalação de uma espécie de museu com bombas e resquícios do arsenal lançado pelo batalhão de choque da Polícia Militar (PM) contra os trabalhadores. Serão expostas fotografias, vídeos e músicas.

Já em Londrina, educadores se reunirão às 17h30 no calçadão da cidade. Neste mesmo horário, em Maringá, professores se juntarão a outras categorias no terminal urbano, para relembrar a data, com panfletos e faixas. Em Foz do Iguaçu, as ações ocorrem das 17h30 às 18h30, também no terminal de transportes, enquanto em Cascavel serão a partir das 9h30, em frente à Catedral Nossa Senhora Aparecida. Conversas com estudantes e com a sociedade em geral, em escolas e nas ruas, acontecerão paralelamente, em diversos municípios.

De acordo com a secretária de finanças da APP, Marlei Fernandes, o sindicato e o FES estão programando ações semelhantes para todos os dias 29, pelo menos até abril de 2016. No próximo mês, por exemplo, haverá uma semana inteira de lutas. "Vamos unificar as datas do 29 e do 30 de agosto (quando aconteceu o também histórico confronto entre professores e PMs, na gestão do então governador Alvaro Dias em 1988). Elas possuem significados iguais do ponto de vista da violência", contou.

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