quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Familiares de presos fecham PR-445 em novo protesto

Anderson Coelho/Equipe FolhaUm protesto encabeçado pelos familiares de presos da unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II) paralisou trecho da PR-445, na saída para Curitiba, zona sul de Londrina, nesta terça-feira (27). O protesto teve início no fim da tarde, por volta das 18h, com ambos os sentidos interditados com pneus e tambores.
Anderson Coelho/Equipe FolhaPor volta das 21h, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) controlava o trânsito no local, desviando o fluxo de veículos para rotas alternativas, as vias de acesso ao jardim União da Vitória e o desvio pela Estrada da Cegonha. A orientação da PRE é de que os motoristas optem por caminhos alternativos. Um capitão do 5º Batalhão da Polícia Militar (BMP) tentava negociação com os familiares para que o protesto fosse suspenso, mas até às 21h a manifestação permanecia.
O protesto conta com aproximadamente 40 familiares de presos, em sua maioria mulheres. A principal queixa diz respeito a falta de informações concretas sobre o que está acontecendo dentro da PEL II após a rebelião.
Este é o segundo protesto realizado na PR-445 desde a última rebelião na PEL II. No último sábado (24), um ônibus foi incendiado também em protesto à situação dos internos. Os familiares reclamam da falta de informações referente ao detentos, além de demonstrarem indignação quanto a situação que os eles se encontram dentro da unidade.

Atualmente, os cerca de 950 detentos estão dispostos em três barracões, vestindo apenas cueca, com fornecimento de água, alimento e atendimento médico.

De acordo com o coordenador da comissão de estabelecimentos prisionais da OAB-Londrina, José Carlos Mancini Junior, as obras na PEL II seguem em ritmo acelerado para que os reparos sejam concluídos o mais rápido possível e os detentos sejam reconduzidos às celas. "A situação lá dentro está da mesma forma, sabemos que tudo só voltará à normalidade com as reformas concluídas. As obras estão sendo realizadas todos os dias. Tão logo quanto terminem, os presos voltarão aos cubículos".

As reformas emergenciais que estão sendo realizadas na PEL II estão dependentes de doações, já que o valor repassado pelo Governo do Estado para a execução foi insuficiente.

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