O que fazer para conter a onda de violência em Santo Antônio da Platina? A pergunta é feita todos os dias por moradores e autoridades, que juntos buscam alternativas para acabar com a criminalidade no município. Em apenas 16 dias, a Polícia Civil registrou 14 assaltos e três tentativas de homicídio. A ousadia dos bandidos é tamanha, que até mesmo o comandante da 4ª Companhia de Polícia Militar, Capitão Robson Falk, foi vítima dos marginais há alguns meses, quando um ladrão invadiu sua casa de madrugada enquanto oficial dormia com a família. Durante uma reunião com a comunidade na noite de segunda-feira (19) para discutir o problema, até mesmo o juiz da Vara Criminal da comarca, Júlio Cesar Michelucci Tanga, revelou que se sente inseguro na cidade.
Para a população, o número de policiais militares nas ruas é insuficiente para combater a criminalidade. São apenas duas viaturas de Rádio Patrulha (RPA) e quatro policiais para realizar o trabalho ostensivo para 45 mil habitantes. Basta uma ocorrência um pouco mais grave na cidade para mobilizar todo o efetivo e deixar o território completamente livre para os bandidos.
Foi o que aconteceu na semana passada com o comerciante e presidente do Sindicato do Comércio Varejista, José Alex Figueira. Ele ligou para o 190 para informar que a sua farmácia havia acabado de ser assaltada, mas só conseguiu falar com a PM após algum tempo. A justificativa para a demora no atendimento foi que as equipes estavam concentradas em outra ocorrência de assalto registrada no mesmo momento. "A situação está insustentável! Fui assaltado duas vezes em pouco mais de dois meses. Vou iniciar um abaixo-assinado pedindo mais policiais na cidade para entregar em mãos ao governador Beto Richa", promete Figueira.
O debate realizado na segunda-feira, organizado pelo juiz Júlio Cesar Michelucci Tanga, atendia ao pedido de um grupo de comerciantes da cidade. Além do magistrado e comerciantes, o encontro também reuniu representantes do Ministério Público Estadual (MP-PR), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), das polícias Civil e Militar, sindicalistas e representantes de classes.
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