terça-feira, 31 de outubro de 2017

CRIME FOI NA UNOPAR Assassinato de Amanda Rossi completa 10 anos; família ainda sofre com lentidão da Justiça

Arquivo pessoalO rito é o mesmo. O aposentado Luiz Carlos Rossi, 59 anos, permanece por horas na varanda de casa, lendo um jornal, observando o movimento da Rua Santa Bárbara, na Vila Fraternidade, zona leste de Londrina. Ele repete esse hábito há décadas, desde que se mudou para o bairro. No entanto, há 10 anos Luiz perdeu a companhia da filha Amanda Rossi, assassinada em 27 de outubro de 2007, aos 22 anos de idade, dentro do campus Piza da Unopar, zona sul de Londrina.

Mesmo diante da data (o décimo ano do assassinato foi completado na última sexta-feira), ele não deixa a rotina de lado. "A tristeza existe, é claro, mas esses anos me ensinaram muito. Um misto de tristeza e alegria. Alegria por tudo que a Amanda deixou de bom", adianta. Segundo ele, amigos e a filha caçula fariam uma homenagem para Amanda na Paróquia Nossa Senhora Perpétuo Socorro, Vila Fraternidade, na missa do último fim de semana. Lugar que era frequentado por Amanda e toda a família.


Luiz deixa a serenidade um pouco de lado ao falar da morosidade que envolve o processo de Denise Madureira, que também completará uma década. Ela é acusada de ser a mandante do crime. Na época, Denise era professora do curso de educação física da Unopar e dava aula para Amanda. "A ferida ainda continua aberta. E um dos motivos é por esta pessoa ainda não ter sido julgada. Isso nos faz sofrer demais. Até ela [Denise] deve sofrer com essa demora toda. Se ela realmente é inocente, poderia comprovar isso diante do tribunal do juri."

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