segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Mesmo sem ter um time, cidade do interior do Ceará terá “coliseu romano” para o futebol

Há cinco anos a Prefeitura da cidade de Alto Santo, a 230 km de Fortaleza, tenta concluir a versão cearense do Coliseu romano. Trata-se de um estádio de futebol com capacidade para 20 mil pessoas e com custo de R$ 1.315.000,00 milhão financiados pelo Ministério dos Esportes, via Caixa Econômica Federal. E se o Coliseu de Roma foi construído onde antes havia um lago, o de Alto Santo ocupa o espaço de um açude que foi aterrado para a obra.

A construção do estádio sobre um açude aterrado tem opiniões divergentes entre os moradores. Socorro Alves, que mora atrás da obra, acompanhou todo o processo de construção, desde o aterramento até o levantamento dos muros. Ela acha que a lagoa só trazia males e cita a grande quantidade de mosquitos. No entanto, reconhece que o município não é dos mais abastecidos pelas chuvas e que, com isso, a ausência de um reservatório de água pode prejudicar a cidade.

Segundo a Prefeitura de Alto Santo, a região não tem problemas com abastecimento de água. Afirmação que diverge das informações fornecidas pelo site da Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos). Segundo a Fundação, nos últimos três anos, o índice pluviométrico foi inferior às médias da cidade: 2012 (-51,8%), 2013 (-20,1) e 2014 (-38,7%).

De acordo com a Cogerh (Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos), os três açudes que abastecem a cidade estão com baixos índices de capacidade. O Castanhão opera com apenas 36,49% do volume, enquanto o açude Figueiredo tem apenas 3,74%, e o Riacho da Serra conta com 20,58% da capacidade total.

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