Prisão temporária de dois investigados da 40ª fase da Lava Jato vence nesta segunda

O prazo da prisão temporária dos ex-gerentes da Petrobras Marcio de Almeida Ferreira e Maurício de Oliveira Guedes vence nesta segunda-feira (8). Os dois foram detidos na 40ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Asfixia, deflagrada na quinta-feira (4), e estão na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
Com o fim do prazo, a prisão temporária poderá ser prorrogada por mais cinco dias ou convertida para preventiva, que é quando não há prazo definido para que os investigados deixem a prisão. Os pedidos para a prorrogação ou conversão poderão ser feitos tanto pela PF quanto pelo Ministério Público Federal (MPF). Já a decisão cabe ao juiz federal Sérgio Moro.
De acordo com as investigações, Márcio de Almeida usou a Lei de Repatriação para lavar dinheiro. Ele tinha R$ 48 milhões em contas nas Bahamas e, no final de 2016, fez a regularização cambial do montante, alegando que os recursos vieram da venda de um imóvel.
O investigado pagou tributos sobre o valor repatriado e, assim, "esquentou" o dinheiro que "certamente tem origem em propina proveniente de corrupção na Petrobras", de acordo com o procurador Diogo Castor de Mattos.
Também foram presos na atual fase Marivaldo do Rozário Escalfoni e Paulo Roberto Gomes Fernandes, que são representantes das empresas Liderrol e Akyzo. A prisão é preventiva e os dois também estão detidos na carceragem da PF.