quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

INVESTIGAÇÃO Gaeco deflagra operação contra vereadores de Londrina

Gaeco realiza operação contra vereadores de LondrinaO Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu 25 mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (24), na Câmara Municipal de Londrina e em outros locais na cidade, no âmbito da chamada "Operação ZR3", que investiga a negociação e a aprovação de projetos de loteamento no município. O promotor Jorge Barreto da Costa, coordenador do Gaeco, revelou que as investigações começaram em fevereiro de 2016.



Foram feitos pedidos de prisão para os vereadores Mario Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB), mas a Justiça não os acatou. Ambos deverão, entretanto, usar tornozeleiras eletrônicas. No pleito anterior, Takahashi foi reeleito para a Câmara com 4.192 votos e, em 1º de janeiro de 2017, eleito presidente da Casa para o biênio 2017-2018. Alves recebeu 3.094 votos nas últimas eleições.

Em entrevista coletiva nesta manhã, Miguel Aranega Garcia, procurador jurídico da Câmara, comentou o fato. "Foi feito o cumprimento do ato processual expedido pelo Gaeco. Desta forma, o presidente da Casa [Takahashi] deixa as suas funções assim como o vereador [Alves] também. Ambos estão impedidos de entrar na Câmara por 180 dias. Não sabemos ainda de todo o processo, pois ainda iremos analisar toda a questão. Evandir Duarte de Aquino [chefe do gabinete de Alves] também está proibido de entrar no espaço público."

O vereador Ailton Nantes (PP), vice-presidente da Câmara Municipal de Londrina, assumirá o cargo de presidente. Por enquanto ambos os vereadores afastados não serão substituídos por seus suplentes.

Os advogados de Takahashi e de Alves afirmaram à reportagem que não vão se pronunciar enquanto não conhecerem todo o processo.

Em nota de esclarecimento, o Procurador-Geral do Município de Londrina, João Luiz Martins Esteves, informa que, "em virtude da Operação ZR3, desencadeada nesta quarta-feira (24) com atuação do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com investigações que remontam ao ano de 2013, acatando a determinação, afastou um servidor efetivo da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, que é alvo desta investigação, juntamente com ex-secretários municipais, empresários e vereadores. A atual gestão está auxiliando o Gaeco no que é necessário à investigação, cujo período de apuração tem início no ano de 2013. E ainda que, por correr em Segredo de Justiça, todas as informações requisitadas serão enviadas diretamente ao Gaeco e ao juízo da 2ª Vara Criminal, que comandam o processo de investigação".

(Atualizada às 19h)
André Bueno/Grupo Folha

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